Comovida homenagem a Jerónimo Baía

À míngua de água numa língua de mágoa
a dívidas a dúvidas devidas
nos levam secreções secretas e sacrílegas
de dádivas de vidas divididas

Em vão devasso os meus devassos dentes
remisso os arremesso a um insosso almoço
num círculo de ouvintes dos de antes distantes
que abraço no abraço que hoje posso

Embora aos centos sejam os assuntos
indiferentes passam transeunte
se saem sons distintos dos extintos cantos
desses antigos entes designados mastodontes

Língua de areia onde mingua a mágoa
e se divide a dúvida somente ouvida
olhar onde se agua a própria água
quem te saúda encontra enfim saída

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